sábado, 7 de julho de 2012

Aonde eu saio ?





Com quantos paus se faz a barraca da liberdade ? Como que será possível ser não somente um prisioneiro honesto dentro do presídio, mas sim, sair desse presídio ? Nada de prisões, nada de cela, nada de calabouços hostis. O que basta para mim mesmo, é um verdadeira ideia de liberdade, na qual para essa mesma, fui feito e destinado. Mas esse destino não me absolve de construir. Talvez construir um mundo melhor, signifique destruir esse mundo pior. Que mundo ? O capitalismo? A ética ? A coexistência ? A cosmovisão ? Não, estou falando do meu mundo, do meu cosmos. E também não estou falando de tentar achar paz interior, não mesmo. Mas inquietude. Talvez seja isso. Talvez, porque não tenho certeza. Só sei que conforto, prosperidade e estabilidade, produz bunda-moles, brocheza, tradicionalismo e preconceito. E o pior de tudo isso, é o preconceito pela vida, pelo porvir. Se existe algo que perdemos como seres, não é o amor (O aumento populacional está aí ), não é o respeito (Fair Play é o marketing da FIFA), ou a ética (Cadê a Terceira Guerra Mundial ?), o que perdemos de verdade é o faro de existir, de sustento e de cultivar.
Existir em totalidade; não somos únicos aqui nesse planeta Terra (mesmo que haja mais água do que terra), precisamos perceber o próximo: a mulher (não somente de forma sexual, por mais que essa seja uma das coisas mais belas na mulher, o erotismo), os animais, as plantas e os elementos naturais.
Sustentar o nosso ser; Comer, beber, habitar, respirar, vestir. Sem a ideia de sermos predadores competitivos que nos colocam lá no jardim de infância. Sonhar, desbravar, sentir frio na barriga.
Cultivar para todos; Cultura é algo que designa cultivar: Plantar, adubar, cuidar do que se plantou. Devemos cultivar a vida, mas não somente para nós, mas para um tudo.

Não estou falando de rupturas, de revolução, de quebra de sistemas, por mais que eu acredite em uma posição audaciosa, mas sim , em algo que é vivido e sentido dia após dia .
Que Deus nos dê inquietude.
Tudo do que se construiu hoje, parte é porque se necessitou; outra parte, porque se achou que fosse necessário.
Não basta para mim, para mudar o meu mundo somente deixar de beber Coca-Cola. Ou quem sabe não ter automóvel. Basta para mim ser totalmente diferente. Diferente na raíz, verdadeiramente. Custe o que custar.
Ao redor, como as vezes falo, tudo é muito igual. Não é ?
Nascer, crescer, escola, universidade, emprego, previdência social, aposentadoria e morrer...e segue-se pagando os atributos funerários. Claro, alguém que ficar sobriamente vivo. E endividado.
Como sair desse mundo sem cair em um outro mundo?
Ou melhor, como não trocar uma cela por outra ?
Essa tem sido uma das coisas que mais toma o meu pensar. Estou tentando descobrir a saída.





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