terça-feira, 31 de julho de 2012

Meu 2012






De repente, as conclusões tiradas em cima do do Calendário de Contagem Longa Mesoamericano, nos aponta em 2012 uma conjuntura de estranhas coisas acontecendo no universo. Uma mescla de alinhamentos planetários, sinais apocalípticos, crises fenomenológicas e todas as possíveis devastações e alterações da ordem física possível.
Em meio a todo esse caos, encontra-se nós, humanos e pertencentes a uma ideia nova de propriedade sobre as coisas, nesse  microcaos interno que já no faz ser complexo de mais.
Mas o mais angustiante de todas as coisas é saber que todos os furacões, maremotos, tempestades de raios, seca, alterações lunares e eclípticas acontecem dentro do seu próprio universo, chamado coração.
Nesse universo, único e visceral, as propulsões vitais são extremamente fortes, ao ponto que, se elas forem atingidas e descontroladas, os danos são destruidores.

É interessante quando nós realmente colocamos as pessoas para dentro de nossas vidas. Deixamos elas entrar, deixar as suas marcas e nem nos preocupamos com o que pode acontecer se em um abrir e piscar de olhos as coisas não seguirem da maneira pela qual planejamos.
Não é difícil deixar que as pessoas entrem em nosso mundo, conheçam o nosso sistema, controlem parte de nosso sistema (coração) e fiquem com boa parte disso para elas. Quando percebemos, não existe mais o nosso mundo. Nossa privacidade se foi, nossa particularidade também. Vivemos a vida do outro e ele vive a nossa. Os espaços de convivência  são os mesmos., os amigos são os mesmos...a vida da outra pessoa só é um pouco melhor por causa que os seus próprios sonhos foram divididos com ela. Sua vida foi dividida, e não há nada mais importante do que a nossa vida. Gastamos um tempo precioso, tentando agradar, tentando estabelecer frequência, tentando estabilizar as condições de existência para que haja facilidade. E você luta de verdade, tenta mudar a sua vida, muda os seus horários, faz a sua vida de planeta e a dela, um sol. E fica girando, de todas as formas possíveis, e percebe que nada disso adianta.

Nas profecias sobre o ano de 2012, se fala sobre as catástrofes e todos os pesadelos possíveis que esse período pode trazer. São devastadores e cruéis. Não há controle, não há planejamento possível que se faça parar as consequências causadas pelos fenômenos terrenos. Não há culpados, não há perdedores, não há justiça e nem injustiça, não se pode levar um terremoto à corte e condena-lo. Não se pode interrogá-lo e descobrir os motivos pelo qual destruiu uma cidade inteira. Só se repara os danos.


Da mesma forma, a decepção te pega pelo pescoço e não te deixa nem pensar em querer que as coisas seja diferentes. Você se esforçou sobrenaturalmente. Muitos já teriam pulado fora a muito tempo, mas você continuou, sob avisos e com respectivos conselhos. Baratos , mas conselhos são conselhos.
Você percebe sua vida se encaixando em profecias simples. Profecias de amigos e parentes, que tentam te trazer a lucidez, e impedem você de crer nesse devaneio obscuro, onde só você vê luz. Você tenta reparar os danos.

Cara, 2012 é o fim de um ciclo, é uma renovação. Ao final dele, há uma esperança de renovo e transformação. Coisas novas acontecerão. Novas chances de vida, de existência. O universo é assim, e sempre fica a seiva e o sangue, que faz nascer, crescer e evoluir. A vida deve vingar e para isso precisa de renovo. O bom é inimigo do melhor. 2012,  é a auto-ajuda do universo físico.


Toda  a transformação dói. Toda modificação, toda mudança de planos é como desfibrilador de 10.000 volts estourando nosso coração, nossas emoções...
Precisamos  acordar de nossos sonhos, e as vezes só é possível com banho de lava de vulcão, com choque elétrico da tempestade de  raios da vida, um mergulho em maremoto que nos pega de surpresa. No momento não sabemos nem aonde estamos. Ficamos atordoados. Demoramos para pegar no sono. Não sabemos se vamos acordar.

Sobrevivemos. Estamos cientes agora. Renovados. Fim do pesadelo, término do fim , início de um novo ciclo.

Estou totalmente decepcionado. Aconteceu todas coisas que eu não queria. No fundo, eu já sabia disso. O aprendizado fica. Não podemos fazer com que as pessoas deixem de ser imbecis. As vezes, há várias chances de se viver as coisas várias vezes. As vezes, só há uma chance. O mais importante de tudo, é saber que estamos vivos. E que temos muito o que viver . Muitos ciclos virão. Muitos se fecharão e outro se abrirão.

Esse, foi meu 2012.

Deixe a felicidade abraçar você , porque a infelicidade não tem pena nenhuma.

Deixe o novo ciclo restaurar o seu quadro de força.

Samuka.






terça-feira, 17 de julho de 2012

Essa Noite 2

E quando eu acendo o incenso, oro e mesmo assim não consigo parar de pensar, percebo que é mais sério do que se parece.
E paro para  refletir se isso que aconteceu foi uma vida ou somente um capítulo, é que percebo a seriedade das coisas. Como voltar de caminhos sem volta ? Como sair de becos sem fim ?
Quando paro para  pensar que "quem não percebeu que há algo maior ainda a ser dividido ?" foi você ou eu, ao mesmo tempo, me desmancho.
Quando escuto  "ascend the hill" até mesmo no sonho que tenho contigo, fico mais confuso. O sonho é típico. Eu querendo fugir contigo para longe...

Só restou o "não entendo o que está acontecendo aqui dentro".




(Hoje não tem música e nem imagem !)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Essa noite








Essa noite eu quis tudo aquilo que possa me deixar triste e cabisbaixo.
Essa noite eu quis todos os filmes que me deixam pra baixo.
Essa noite eu quis toda literatura russa, de novelas e crônicas que me dessem vontade de sumir.
Mas tudo isso me fez lembrar de você, do mesmo jeito e proporção que foi das últimas vezes que pensei em alguém.
As coisas estão ficando sérias, estou sentindo saudades de você.
Eu não quero isso, eu não quero sentir aquela sensação de que você é a única que pode me deixar bem, feliz e satisfeito.
Se você se sente bem sabendo disso, parabéns, você conseguiu.
Mas eu vou tentar fugir disso.
Por mais difícil que seja.
Mas talvez eu não consiga porque eu sempre tento e não consigo...
Quando até mesmo a partida de futebol do seu time faz lembrar dela, o negócio começa  a ficar complicado.


Tristemente,

Samuka.


(Ao som de "REFRÃO DE UM BOLERO - ENGENHEIROS DO HAWAII )

sábado, 7 de julho de 2012

Aonde eu saio ?





Com quantos paus se faz a barraca da liberdade ? Como que será possível ser não somente um prisioneiro honesto dentro do presídio, mas sim, sair desse presídio ? Nada de prisões, nada de cela, nada de calabouços hostis. O que basta para mim mesmo, é um verdadeira ideia de liberdade, na qual para essa mesma, fui feito e destinado. Mas esse destino não me absolve de construir. Talvez construir um mundo melhor, signifique destruir esse mundo pior. Que mundo ? O capitalismo? A ética ? A coexistência ? A cosmovisão ? Não, estou falando do meu mundo, do meu cosmos. E também não estou falando de tentar achar paz interior, não mesmo. Mas inquietude. Talvez seja isso. Talvez, porque não tenho certeza. Só sei que conforto, prosperidade e estabilidade, produz bunda-moles, brocheza, tradicionalismo e preconceito. E o pior de tudo isso, é o preconceito pela vida, pelo porvir. Se existe algo que perdemos como seres, não é o amor (O aumento populacional está aí ), não é o respeito (Fair Play é o marketing da FIFA), ou a ética (Cadê a Terceira Guerra Mundial ?), o que perdemos de verdade é o faro de existir, de sustento e de cultivar.
Existir em totalidade; não somos únicos aqui nesse planeta Terra (mesmo que haja mais água do que terra), precisamos perceber o próximo: a mulher (não somente de forma sexual, por mais que essa seja uma das coisas mais belas na mulher, o erotismo), os animais, as plantas e os elementos naturais.
Sustentar o nosso ser; Comer, beber, habitar, respirar, vestir. Sem a ideia de sermos predadores competitivos que nos colocam lá no jardim de infância. Sonhar, desbravar, sentir frio na barriga.
Cultivar para todos; Cultura é algo que designa cultivar: Plantar, adubar, cuidar do que se plantou. Devemos cultivar a vida, mas não somente para nós, mas para um tudo.

Não estou falando de rupturas, de revolução, de quebra de sistemas, por mais que eu acredite em uma posição audaciosa, mas sim , em algo que é vivido e sentido dia após dia .
Que Deus nos dê inquietude.
Tudo do que se construiu hoje, parte é porque se necessitou; outra parte, porque se achou que fosse necessário.
Não basta para mim, para mudar o meu mundo somente deixar de beber Coca-Cola. Ou quem sabe não ter automóvel. Basta para mim ser totalmente diferente. Diferente na raíz, verdadeiramente. Custe o que custar.
Ao redor, como as vezes falo, tudo é muito igual. Não é ?
Nascer, crescer, escola, universidade, emprego, previdência social, aposentadoria e morrer...e segue-se pagando os atributos funerários. Claro, alguém que ficar sobriamente vivo. E endividado.
Como sair desse mundo sem cair em um outro mundo?
Ou melhor, como não trocar uma cela por outra ?
Essa tem sido uma das coisas que mais toma o meu pensar. Estou tentando descobrir a saída.