domingo, 21 de outubro de 2012

Alguns rascunhos *


Talvez a palavra de ontem seja tristeza. Mas a de hoje é alegria. E nada pode apagar isso. É como se um novo capítulo de nossa vida estivesse sendo escrito, nesse instante. E como em todo novo capítulo, novas personagens aparecem e fazem com que o desenrolar de toda a nossa história se torne real e intensa.
E de repente, viramos uma esquina da vida e nos damos de “cara” com quem nunca pensaríamos que iríamos encontrar. Começamos a conviver com novos mas ao mesmo tempo velhos sentimentos de quando eramos apenas crianças. Mais crianças do que hoje. Bem mais ingênuos que hoje.

É incrível como certas coisas mudam o nosso modo de pensar, de sentir e observar o mundo. O sentido que nos faz mudar, que nos faz capazes de perceber novos sorrisos, novos olhares e novas possibilidades

São simples olhares, toques e gestos . São pedaços de carinho, de sonho, de vida e ternura. Talvez, princípios de querer não estar mais sozinhos, um querer dividir a vida, sei lá.
Como podemos buscar as vezes coisas tão grandes e deslumbrantes, sendo que as mais belas estão nas coisas menores ?

Como podemos esfolar o nosso ser de esforço e preocupação, sendo que as melhores coisas simplesmente acontecem ?

Sim, são coisas menores. Sim são coisas pequenas. Mas são essas coisas que cabem no coração, na alma e destroem aquele vazio agudo, que finca até o espírito. São âncoras, pequenas em comparação a suas embarcações, mas mesmo assim, as mantém no mesmo lugar.
Do mesmo modo, as vezes, não queremos sair do mesmo lugar. Queremos algo que nos mantenha aqui parados, enraizados firmemente. Queremos alguém que seja âncora, raiz ou uma coisa pequena que caiba no coração.

De onde elas saem ? Por onde encontram o caminho para chegar até nós ? São trazidas pelo vento ?


Essas coisas simples, menores e pequenas, não estão à venda. Não estão no mercado. Não fazem parte da economia (com muito preço, mais sem valor nenhum ) do mundo às avessas. São talvez criadas pela ordem mística desse mundo, que sensíveis a nós, percebem o quanto precisamos de âncoras...

E como é bom e delicioso viver esses momentos. Talvez venhamos a nos machucar, a nos quebrarmos por inteiro. Talvez venhamos a nos decepcionar por completo, mas nada pode impedir que venhamos a viver esses momentos.

Nos desarmarmos é fundamental. Esquecer os traumas, deixar com que as novas essências nos mude, é uma condição importantíssima .



* Uma série de reflexões. Sem a incumbência de dialogar ou explicar, mas somente expressar. Obs: Textos incompletos


Samuka

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